Contos Urbanos

A CARONEIRA

Em uma noite chuvosa, John D. voltava para casa em seu carro, com medo de acidentes, dirigia com a velocidade reduzida devido a pista molhada. Assim que entra na rodovia principal que o levaria a entrada de sua cidade ele nota que não passa por um carro a quase 10 minutos, ele estranha mas continua seu trajeto, quando de repente avista uma garota andando a beira da rodovia, sem capa ou guarda chuva. Vendo que ali ela não conseguiria carona, já que não havia sinal de outros veículos trafegando por ali, resolve oferecer carona.
John diminui ainda mais a velocidade e buzina para chamar a atenção da jovem, ela volta seus olhos para as luzes dos faróis e caminha em direção ao carro.
— Você quer uma carona?
— Sim, obrigada.
— Onde você mora?
— Na rua Ed Linen  – respondeu
— Perfeito! Vamos para o mesmo caminho.
— A proposito qual o seu nome?
— Jane
— Prazer me chamo John
Ela entra no carro e os dois seguem viagem. Eles se apresentam, conversam sobre o tempo, falam sobre suas famílias e amigos e animais de estimação de tudo um pouco, dão risadas uma sintonia difícil de se encontrar, mas dessa animação estava próximo, pois a entrada do bairro de John estava na próxima.
Nos últimos quilômetros que separavam os dois de seus destinos John ouve barulho de sirenes e avista de longe luzes de giroscópios vindas do outro lado da curva que leva a entrada do bairro na rua Ed Linen ..
A cada metro em direção ao seu destino a garota parecia inquieta, até que começou a tremer-se muito, sem pensar duas vezes ele pega seu casaco e coloca sobre a jovem, talvez estivesse com hipotermia de ter andado tanto pela rodovia nessa chuva, perguntava se estava bem, mas ela não conseguia responder, o desespero tomou conta de John que acelerou o carro na tentativa de buscar ajuda para a garota que tremia como uma gelatina durante um terremoto.
A poucos metros da curva com o carro a toda velocidade, Jane pega no braço de John e ele sente o toque gelado em sua pele, ela olha em seus olhos e sussurra:

— Cuidado com essa curva, foi aqui que eu morri!


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