Mariana Magrela




Foram dez minutos Olhando-se no espelho, depois prometeu que não olharia de novo, então tomou mais quinze minutos a olhar de novo aquele velho espelho da casa. Mariana se olhava, se achava gorda. Sua tia Suellen sempre falava que pela idade e altura ela estava com o peso na medida certa. Mariana amargava, quando tinha quinze anos era Magra, seus seios não eram tão grandes, não tinha estrias, sua pele era ótima. Ela chamava atenção de muitos rapazes.
Qualquer um podia admirar ela de biquíni, Ela não tinha barriga. 
— Mãe preciso ir ao Banheiro - Disse a mãe após o jantar
— Mariana você esta bem? mal tocou na comida. 
— Minha barriga está esquisita.
Essa era a desculpa que ela dava para vomitar, Ela não tinha nenhum transtorno, a comida fazia mal, comer de mais fazia mal, comer fazia mal. Seu organismo não aceitava, não era psicológico seu estômago não aceitava porque comer fazia mal,  ela podia acabar feia e mais gorda. Ela se ajoelhou em frente a privada tentou colocar tudo pra fora, mas seu organismo fraquejou então ela precisou estimula-lo colocando o dedo na garganta, ver seu jantar cair na água como uma papa a fazia bem, aquele mal estava indo embora e aquilo era prazeroso logo ela estaria mais bonita.
Ela tinha um namorado, e sempre que transavam ele dizia
— Você é Linda –  e ela Retrucava
— Eu vou ficar Linda e Magra.
Ela começara um academia, e uma dieta, sempre vomitando quando possível, utilizando-se da mesma desculpa  ou inventando que já comera, ninguém nunca desconfiou dos seus métodos a desculpa de ir no banheiro sempre funcionava, pelo menos por um tempo até Mariana ficar obcecada por ser bonita logo o peso não foi seu único problema, ela toda precisava se concentrar, seu dinheiro era todo gasto em cosméticos e tratamentos faciais e corporais, seus exercícios aumentaram chegando a quatro horas por dias, tomava apenas água com um pouco de açúcar e quando sentia que ia desmaiar mordia um pedaço de alguma fruta ou cenoura. A balança começara a ser sua amiga e até o espelho estava começando a simpatizar com ela.
Quando acabou o mês ela começara a atingir sua meta, mais sua mãe e seu namorado estavam preocupados eles não entendiam que ela não queria ser obesa, os médicos e a TV mesmo dizia que Obesidade matava.
Agora qualquer um podia contar as costelas ou suas vértebras, com mais um mês ela perdeu mais peso e também o namorado logo ela se olhava no espelho ela era um esqueleto com órgãos internos quase visíveis sua pele estava colada aos ossos e assim ela sorriu.
—Agora sim estou Linda de matar. - e segundos depois ouviu-se um barulho toda sua ossada caindo no chão.









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