Histórias de Terror em dias Chuvosos



Carnaval combina com sol e praia, certo? mas no momento em minha cidade está chovendo e eu estou participando dos blocos Filmes e dormir o dia todo. Nesse climazinho chuvoso e frio assistindo aquele filme de terror pra combinar com o clima , você sabia que as melhores histórias de terror ocorrem em dias chuvosos? Não? então senta ai e leia o post.





O carro Fantasma




Podíamos ver a silhueta de um adulto caminhando a beira da estrada com seu braço estirado e a mão entre aberta solicitando carona. Por algum motivo aquele homem estava ali implorando por uma carona que o levaria ao próximo vilarejo, não estava longe mas naquele momento qualquer ajuda seria benvinda.

Era uma noite tenebrosa de chuva fina que penetrava na alma, que o fazia tremer de frio, onde pelo clarão dos relâmpagos esse homem podia ver e sentir a força dos ventos, que chocalhavam os ramos das árvores que quase varriam o solo, era o caos.

Os poucos veículos que passavam negavam-se a parar. Os relâmpagos que riscavam o céu mostravam ainda mais a escuridão das nuvens que transformava aquele anoitecer em uma noite medonha, era o final. O sujeito perdeu a confiança em si, o medo tomou conta de sua mente para enfrentar a tempestade, seu corpo congelava, seus acenos aos poucos veículos que passavam, transformaram-se em gestos de pânico. 

Rezava alto, suplicava a todos os santos, jurou que seria o melhor homem do mundo, beijava sua medalhinha, cruzava os dedos, em pânico fazia promessas desesperadamente. As árvores sacudiam e dançavam de um lado ao outro. Quando no meio do nada, escuridão total, aparece um veículo sem luzes aproximando-se lentamente, finalmente era a resposta divina.

O veículo caminhava vagarosamente aproximando-se ao seu lado, nem esperou o veículo parar, entrou rapidamente e ao fechar a porta, percebeu que o veículo continuava movendo-se lentamente, olhou ao condutor para agradecer-lhe e não viu ninguém. Sentiu seu coração disparar! Começou a ouvir a voz divina, mas de tão longe, chegavam a ele em forma de gemidos, grunhidos e murmúrios que se confundiam pelo barulho dos ventos.

Sozinho e em pânico, o veículo sem condutor continuava lentamente o seu trajeto, rezava e olhava a sua frente desesperadamente, quando uma curva se aproximava lentamente. Rezava e rezava, imaginava o pior, sentiu tudo perdido, o veículo continuava caminhando lentamente, de repente antes da curva, entrou um braço pela janela e foi virando o veículo lentamente ao lado correto da estrada. 

A cena era aterradora e de tão frio, desesperado seus calafrios eram horripilantes. Sem entender nada, suas rezas eram atendidas prontamente como a força dos ventos e relâmpagos, pensava que sua salvação só poderia ser obra divina!

O veículo foi parando a margem da estrada. Aquele homem assustado com o milagre de suas preces, viu uma pequena luz a distância e a sua direita, desceu do veículo, correu como um louco, sem olhar para trás — em direção à aquela luz. Assustado bateu na porta, entrou e em pânico começou a relatar sua história de horror e angustia aos residentes. Quando entram dois homens cansados e esbaforidos, sujos, molhados, o olham e dizem; aqui está o miserável que entrou em nosso carro enquanto o empurrávamos.




O tesouro




A história que contarei a seguir é sobre dois amigos de infância, Pablo e José. Os dois eram mexicanos e andarilhavam em direção de San Juan, um pequeno vilarejo na província de Chiapas.
Estava chovendo muito e os cavalos já estavam inquietos. Pablo observara uma caverna em meio às árvores e exclamou: "Veja José, uma gruta seca. Vamos usá-la como abrigo até a chuva passar." José não titubeou e seguiu seu amigo até a tal gruta. Lá dentro, os dois se abrigaram e acomodaram os cavalos. A caverna era gelada e José sentiu um calafrio que percorreu sua espinha. "Vamos sair daqui Pablo, esta caverna me dá arrepios." Balbuciou José tremendo de frio e medo. "Bobagem! Lá fora podemos até morrer naquele temporal. Aqui nós estamos secos e seguros."Retrucou Pablo.
A chuva não dava nem um sinal de cessar. José estava impaciente e Pablo curioso com a caverna. "Vamos lá para o fundo, estaremos mais seguros lá." Entusiasmou-se Pablo. "Estas louco homem, podemos nos perder naquela escuridão." Protestou José. "Covarde! Vamos lá, seja homem pelo menos uma vez nessa sua vida." Ameaçou Pablo com um sorriso sarcástico. Mesmo temendo pela sua própria vida, José segue o amigo até o fundo da caverna. Pablo, indo na frente, acende um fósforo e se surpreende com o que vê. Jogado ao chão, milhares de moedas de ouro e prata e até algumas jóias que refletiam a luz do fósforo. Junto delas, um esqueleto humano. 
Pablo dá uma gargalhada e grita."Estamos ricos José, ou melhor, estou rico José!" Virando-se imediatamente para o amigo e apontando a garrucha diretamente para a testa dele. Pablo dá um sorriso e vê o pavor do amigo que suplica."Não Pablo, pelo amor de Deus... nós somos amig...." E um estrondo interrompe a voz de José. Com um tiro certeiro, Pablo espalha os miolos do amigo no chão... "He, he, he...agora o ouro é só meu, todo meu." Recolhendo o tesouro e colocando-o num saco, Pablo já vai até pensando no que fazer com o dinheiro.
O tempo passa e a chuva também. Com o tesouro devidamente embalado, Pablo sai da caverna sorrindo e gozando do cadáver do amigo."Pena que você não poderá se divertir com este dinheiro companheiro." Pablo coloca o saco com o tesouro no lombo do cavalo e ruma para o vilarejo. Chegando lá, ele vai diretamente para uma pensão contabilizar o seu achado. Euforicamente, Pablo sobe para o seu quarto mal podendo conter sua alegria. Já no quarto, o homem tranca a porta e joga o saco no chão. Ao abri-lo, Pablo depara-se com uma cena inesperada e pavorosa. "Não, não pode ser !!!" Agoniza o coitado. Ao invés do tesouro, ele encontrou o cadáver rígido de seu amigo José.


Espíritos 



 João é um garoto de 13 anos que mora com sua mãe em uma casa a 30 min do centro da cidade. Como sua mãe trabalha para sustentá-los, ela possui 2 empregos para possuir uma renda suficiente para as contas e o lazer, sendo assim, João passa a maior parte do tempo sozinho e jogando em seu vídeo-game ou computador. Algumas vezes por semana, 3 sendo mais exato, João recebe a visita de sua tia, mas apenas para fazer algo para o garoto comer, que é muito perto das 22h da noite. Numa quinta-feira de muita chuva, exatamente as 13h, a mãe de João se prepara para o trabalho e avisa a ele que chegará depois da meia-noite, pois o transito fica mais lento com toda aquela chuvarada. 

Como o garoto não é um dos mais interessados em estudo, ele desloca-se para a sala afim de ver televisão após a saída de sua mãe. Para o azar do garoto, nada que chame sua atenção está passando e então ele resolve ir até o computador. Ao passar pelo corredor que leva até seu quarto, o garoto ouve o barulho de algo que caiu na cozinha e vai ver o que aconteceu. Chegando na cozinha ele se depara com um prato de inox no chão e o junta, seguindo seu caminho para o quarto. 


Como estava chovendo muito forte, não existia forma de fazer com que sua internet pegasse, pois o campo magnético criado pelas nuvens e a descarga elétrica efetuada pelos raios e trovões atrapalhavam isso. Já que não via o que fazer, o garoto foi dormir esperando que quando acordasse, a chuva tivesse parado e a internet voltado a funcionar. Deitou-se na cama para então dormir, não foram precisos 10 min para que o garoto dormisse. 


Passado algum tempo, o garoto acorda todo suado após a queda de um raio que faz tanto barulho que parece que caiu encima de sua casa. Logo em seguida, no mesmo instante em que João ouve batidas na porta, a energia elétrica de sua casa “acaba”, deixando o garoto no escuro. João segue até a cozinha, aonde possui velas, o garoto abre a gaveta e novamente ouve uma batida a porta, dessa vez um pouco mais forte e em um ato de nervosismo, acelera o processo para acender a vela, porém com a agilidade que ele tenta acender a vela, acaba se queimando e derrubando, ficando sem vela. 

O garoto consegue achar a vela que havia caído e assim acende-a para então abrir a porta, ele dirige-se até a entrada de sua casa. Ao tocar na maçaneta de sua porta, ele nota extrema baixa temperatura que atinge a mesma, fazendo-a parecer congelada e logo em seguida, percebe uma forte e violenta respiração do que estaria do outro lado da porta. Diante disso, o garoto acaba ficando imóvel e não abre a porta. Outra batida acompanhada de mais um raio que faz um barulho extremamente alto faz com que por baixo da porta, passe a sombra de algo que se move em direção a porta. 

João fecha os olhos e ouve barulhos de fortes pegadas juntamente aos pingos fortes que caem nas poças de água que vão em direção a sua porta. Mesmo apenas com a luz da vela acesa, é possível notar que a maçaneta está fazendo o movimento para abrir e o garoto novamente assustado fecha os olhos, ouvindo apenas o barulho da fechadura se abrindo. Quando a porta é aberta, João de olhos fechados sente a rajada congelante de vento que passa quando a porta é aberta, como se uma pessoa passasse lentamente pelo seu lado, João após ter um calafrio abre seus olhos e enxerga sua tia. João não entendeu o que realmente havia acontecido, porém, algo entrou naquela casa no momento em que sua tia abriu a porta.

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